sexta-feira, 22 de outubro de 2010

Cadeira vazia

Era uma singela igreja, freqüentada por moradores da região daquele distante bairro de Londres.
Os anos se passavam e o pequeno grupo se mantinha constante nas reuniões, ocupando sempre os mesmos lugares.
Foi por isso mesmo muito fácil ao pastor descobrir certo dia, uma cadeira vazia. Estranhou, mas logo esqueceu. Na semana seguinte, a mesma cadeira vazia lá estava e ninguém soube informar o que estava acontecendo. Na terceira ausência, o pastor resolveu visitar o faltoso. No dia frio, foi encontrá-lo sentado, muito confortável, ao lado da lareira de sua casa, a ler.
Você está doente, meu filho? Perguntou. A resposta foi negativa. Ele estava bem.
Talvez estivesse atravessando algum problema, ousou falar o pastor, preocupado.
Mas estava tudo em ordem. E o homem foi explicando que simplesmente deixara de comparecer. Afinal, ele freqüentava o culto há mais de vinte anos.
Sentava na mesma cadeira, pronunciava as mesmas orações, cantava os mesmos hinos, ouvia os mesmos sermões. Não precisava mais comparecer. Ele já sabia tudo de cor.
O pastor refletiu por alguns momentos. Depois, se dirigiu até à lareira, atiçou o fogo e de lá retirou uma brasa.
Ante o olhar surpreso do dono da casa, colocou a brasa sobre a soleira de mármore, na janela.
Longe do braseiro, ela perdeu o brilho e se apagou. Logo, era somente um carvão coberto de  cinza.
Então o homem entendeu. Levantou-se de sua cadeira, caminhou até o pastor e falou: tudo bem, pastor, entendi a mensagem.
E voltou para a igreja.
Todos nós somos brasas no braseiro da fé. Se mantemos regular freqüência ao templo religioso, estudando e trabalhando, nos conservamos acesos e quentes.
Mas, exatamente como fazem as brasas, é preciso estender o calor. Assim, acostumemos a não somente orar, pedir e esperar graças. Iluminados pelo evangelho de Jesus, nos disponhamos a agir em favor dos nossos irmãos.
Como as brasas unidas se transformam em um imenso fogaréu, clareando a escuridão e aquecendo as noites frias, unidos aos nossos irmãos de ideal, poderemos estabelecer o calor da esperança em muitas vidas.
Abrasados pelo amor a Jesus, poderemos transformar horas monótonas em trabalho no bem. A simples presença passiva na assembléia da nossa fé em um dinâmico trabalho de promoção social, beneficiando a comunidade.
Pensemos nisso e coloquemos mãos à obra. 
Pensamento 
Clarificados pela mensagem do cristo, espalhemos calor nas planícies geladas da indiferença, da soledade e da necessidade.
Procuremos a dor onde ela se esconda e a envolvamos nos panos quentes da nossa dedicação.
Estendamos o brilho da esperança nas vidas amarfanhadas dos que nunca conseguiram crer em algo que estivesse além do alcance dos seus sentidos físicos.
Tornemo-nos brasas vivas, fazendo luz onde estejamos, atuando e servindo em nome de Jesus.
 
Fonte:
Revista Reformador nº 2.054 de maio/2000 – A cadeira vazia de Richard Simonetti

segunda-feira, 18 de outubro de 2010

Selinho

Da minha amiga Elisabete.

domingo, 17 de outubro de 2010

Mães extraordinárias!

O jovem andava pela rua quando deparou com um homem caído.
Inexperiente, mas com enorme coração, chamou um táxi, colocou nele o homem e pediu para rumar ao hospital.
Ao chegar lá, descobriu que não tinha dinheiro para pagar a corrida.
O taxista lhe disse:
Quem é este homem que você vem trazendo ao hospital?
Não sei, respondeu o moço. Encontrei-o caído na rua e pensei em dar socorro.
Bom, respondeu o profissional, se você pode ajudar a quem não conhece, eu também posso. A corrida fica por minha conta.
O homem, ainda inconsciente, foi colocado em uma maca. Mas aí, os problemas começaram.
O moço não sabia o nome dele, nem endereço, nem se tinha plano de saúde. Nada.
Afinal, como disse à recepcionista, eu não mexi nos bolsos dele. Só pensei em socorrer.
Bom, se ele não é seu parente, não é seu conhecido, quem vai se responsabilizar pelos custos do atendimento que for necessário?
Não sei, falou o rapaz. Eu não tenho condições. Só sei que ele precisa de atendimento. Não pode ficar aí, sem que ninguém o socorra.
A questão era simples, segundo a moça. Ele devia depositar um valor em caução e o restante poderia ser ajustado, mais tarde.
Enquanto tentava explicar que não tinha dinheiro, e quase suplicava para que o seu socorrido fosse atendido, um médico adentrou o hospital.
Fale com ele, disse a moça. É o diretor. Se ele autorizar...
E assim foi. Ciente do que estava acontecendo, o médico de imediato diligenciou para que o homem adentrasse o hospital e passasse a receber atendimento.
Na seqüência, pediu ao jovem que fosse ao seu escritório.
Quando o rapaz entrou na sala, encantou-se com um quadro, em tamanho natural, de uma senhora, de olhos expressivos, belíssima.
Quem é? – perguntou.
O diretor, sentando-se, contou: Minha mãe. Ela era uma mulher pobre. Lavando e passando roupa, conseguiu que eu me tornasse médico.
Ela já morreu. Mas conseguiu o seu propósito: formei-me em Medicina e como vê, hoje sou o Diretor Geral deste grande hospital.
Quem diria... O pobre filho de uma lavadeira. Mas essa mulher extraordinária, não somente conseguiu que eu alcançasse o diploma.
Ela me deu lições de sabedoria e de vida. No dia em que me formei, ela me recomendou:
“Filho, faça o bem quanto possa. Use o seu saber, como médico, para salvar vidas.”
Por isso, meu jovem, quem chega neste hospital, é atendido, como está sendo aquele homem que você recolheu na rua.
Depois veremos se ele tem ou não dinheiro para pagar.
Em memória de minha mãe, dessa mulher excepcional que tanto trabalhou para que eu me tornasse médico, jamais deixarei que alguém morra à porta de meu hospital.
Atendo e atenderei sempre, da melhor forma possível, pagantes e não pagantes. Não poderia deixar de atender a um pedido de minha mãe.
 
Toda mãe é uma educadora. Algumas lecionam matérias para o dia a dia dos seus filhos. Ensinam a se portar, mandam o filho para escola, alimentam-no. Outras, e são essas as mães extraordinárias, renunciam a tudo pelo bem dos seus rebentos.
Transmitem lições para a vida imperecível. Não pensam somente no bem-estar físico dos filhos. Vão além. Trabalham e estabelecem lições para a vida do Espírito.
Elas desejam que seus filhos sejam felizes agora, no hoje, na Terra, e no Além, quando abandonarem o casulo carnal.
Essas mães... Essas mães são mesmo extraordinárias.
 
 Redação do Momento Espírita, com base em fato real, ocorrido na juventude de Divaldo Pereira Franco.
 

sexta-feira, 15 de outubro de 2010

Não passe recibo!

Em cada momento da sua vida diária, você se verá a braços com desafios que exigirão muita prudência de sua parte, para que não se envolva em situações-problemas, muitas vezes difíceis.
Você sabe que a Terra vem passando por momentos graves em todas as áreas.
A violência tem se tornado a grande intérprete desses tempos planetários, já que sua proposta é de fácil aceitação pela quase maioria dos humanos, nos estágios em que se estagiam no mundo.
Se você estiver na rua, na condução, no lazer ou mesmo no lar, encontrará diversas pessoas, muitas delas companheiras suas ou familiares, cujos comportamentos, cujas posturas poderão lhe causar chateações, irritações, capazes de estimular seu lado frágil ou sua intolerância.
Tenha muito cuidado para não ser vítima do seu próprio temperamento.
Exercite-se na conquista da tranquilidade, acautelando-se contra a ira ou a revolta que podem apanhá-lo desprevenido.
A proposta escusa das equipes de Espíritos das sombras é converter a vida social da Terra num inferno verdadeiro, no qual cada pessoa não enxergue outra saída para os seus problemas, senão as de caráter violento.
Não morda essa isca. Procure manter ou desenvolver sua paciência.
Você ouvirá palavras ditas rudemente e outras, como afiado gume que lhe irão penetrando fina e suavemente, mas cujo objetivo é infelicitá-lo.
Verá em toda parte arrancadas bruscas de veículos em mãos nervosas.
Ouvirá palavrões estrondeando a sua volta. Deparará a provocação em forma de mau atendimento onde você paga e paga caro por qualquer serviço.
Você faceará a violência da calúnia, do mexerico, da zombaria e do desdém. Aprume-se no pensamento superior. Pense sempre em nível mais alto e não revide, não se deixe enredar.
Quando algo for muito forte para a sua sensibilidade ou para os seus nervos, afaste-se, física ou mentalmente, buscando nos ensinos de Jesus o amparo de que necessite.
Recorde o Mestre ao ensinar-nos a não contender com o mal.
Seja qual for a perturbação que ocorra a sua volta, mantenha-se em paz. Não tema carantonhas, não se agonize com ameaças. Não responda às agressões que serão apenas fogos cruzados. Não passe recibo às violências.
Se você obtiver êxito, sairá ileso desses pântanos viscosos formados pelos psiquismos doentes de vivos e mortos.
Caso morda a isca ao invés de morder a língua, guarde a certeza de que seus destemperos o aproximarão da cadeia, do túmulo ou de inabordáveis remorsos que não o deixarão viver em harmonia.
A determinação das sombras é fazer tombar, é atrasar ou impedir o passo de todos os que demonstrem possibilidades mais nítidas de união com Jesus.
Ore, policie-se, fale e aja da melhor forma, para que, em pleno incêndio moral no mundo, você se mantenha resguardado pela redoma da paz que vem construindo com seus esforços para uma abençoada passagem planetária.
*   *   *
O infortúnio que, à primeira vista, parece imerecido tem sua razão de ser, e aquele que se encontra em sofrimento pode sempre dizer: Perdoa-me, Senhor, porque pequei.

Redação do Momento Espírita, com base no cap. 14 do
 livro Para uso diário, pelo Espírito Joanes, psicografia
de J. Raul Teixeira, ed. Fráter.
Em 16.08.2010.

quarta-feira, 13 de outubro de 2010

A força e a coragem

É preciso ter força para ser firme, mas é preciso coragem para ser gentil.
É preciso ter força para se defender, mas é preciso coragem para baixar a guarda.
É preciso ter força para ganhar  uma guerra, mas é preciso coragem para se render.
É preciso ter força para estar certo, mas é preciso coragem para ter dúvida.
É preciso ter força para manter-se em forma, mas é preciso coragem para ficar em pé.
É preciso ter força para sentir a dor de um amigo, mas é preciso coragem para sentir as próprias dores.
É preciso ter força para esconder os próprios males, mas é preciso coragem para demonstrá-los.
É preciso ter força para suportar o abuso, mas é preciso coragem para faze-lo parar.
É preciso ter força para ficar sozinho, mas é preciso coragem para pedir apoio.
É preciso ter força para amar, mas é preciso coragem para ser amado.
É preciso ter força para sobreviver, mas é preciso coragem para viver.

Se você sente que lhe faltam a força e a coragem, peça a Deus que vai abraçá-lo hoje com seu calor e Amor!


E que o vento possa levar-lhe uma voz que lhe diz que há um Amigo, em algum lugar do Mundo, desejando que você esteja bem e que, acima de tudo, seja muito feliz!!!


E no céu há um Deus que tudo pode, e guia os teus pessoas onde quer que andares!
 
Um beijo no coração! 

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